domingo, 4 de março de 2012

Tantos textos precisam de título.
No mais alguns são obrigatórios o título, a face geral, a abertura.
Tudo que é obrigatório me intimida. Me poda. Me desestrutura. Me desfaz. Me suga.
Enfim, quem gosta de ser obrigado a fazer algo é no mínimo masoquista ¬¬
Há quem goste de tudo nessa vida, goste de tudo mesmo.
Como também persistem os que gostam de poucas coisas, os ditos estranhos e chatos.
O que eu queria dizer mesmo, por hoje, que uma dose de você me faria menos chata.
Diria ao mundo que não é questão de ser seletivo mas sim de gostar das coisas que valem a pena ser/querer, se passar, considerar, viver.
Submetida a várias situações impróprias e incabíveis para as pessoas que não estão em plena loucura sentimental que a paixão proporciona.
Digo e respeito os que amam.
Mas a paixão é o único sentimento que nos deixa completamente sensíveis, sem saber ao menos o que fazer. Tudo vira uma bagunça e a busca de equilíbrio se firma divergindo.
Busca esta inútil quando se está apaixonado. Não existe equilíbrio na paixão.
Os dias são mais longos. As noites são insones.
O mundo desregula.
Só você. E eu sei que nunca lerás isto.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Eu queria no mínimo engolir ou conseguir disfarçar essa dependência emocional que eu tenho de você.
Custa sim, custa cada gole de insônia. 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

. . .

tudo é reticências. até para os meus posts indefinidos e desajustados.
até minutos atrás estava imaginando milhares de coisas pra escrever aqui.
mas só de pensar em escrever, em me abrir, em ser sincera publicamente... Eu travo.
E travo mesmo. Todas as palavras e frases e pensamentos que eu tinha guardados se auto-bloqueiam.
auto-sabotagem, segundo uma amiga minha sempre menciona.
talvez com o tempo, essa iniciativa de escrever me faça ter mais contundência e desenvoltura com as palavras.
e com a timidez, evidentemente.
à princípio eu queria escrever pra q ninguém pudesse ler. e vou tentar manter sigilo desse meu espaçozinho medíocre cuja finalidade é me libertar um pouco das minhas amarras.
escrever é um ato que liberta e bloqueia ao mesmo tempo.
quanta coisa eu vi passar, se desfazer com a morte, tanta oportunidade de falar pro mundo desperdiçada.
fortes são os se metem, os desbravadores, os interessantes, os estudiosos, os destemidos, os selvagens... E eu?
que seja, não me incluo, nem me limito dizer que pertenço a nenhuma dessas diretrizes de uma boa e satisfatória vida social.
nem com minha família eu consigo manter um contato mais pessoal.
me fecho, me contenho mais uma vez.
e é com a família que a gente menos se abre, fatalmente.
ela te conhecem superficialmente, ou seja, te aturam.
Quem te conhece de verdade, te odeia despreza e te admira simultaneamente. este pode ser um fato inegável.
Ah, até nas nuances das letras eu me controlo. por vezes sou pontualmente correta, adoro um português bem observado e respeitado, como também, não me interesso pela estrutura do texto e sim pelo que ele tem a falar.
É, o que ele tem a dizer tem mais força do que a ferramenta inerente à tentativa de soltar o que se tem na cabeça: palavras, aaaahh, palavras. Se todos soubessem usar e entender ao menos o que elas podem dizer...
Esse fato todo de se trancar... É o covarde medo de não se entregar.
Se entregar é pros fortes, e como eu já disse, eu não pertenço a classe dominante dos imperadores sociais.
Digo imperador porque quando você se entrega, você se joga e tenta dominar a sua esfera social, determinar e apontar perante tudo e todos suas vontades, além de lutar para concretizá-las! Entrega total.
eu queria pra mim. ser menos idiota pra ser mais amigável.
Medo também é cautela, gente.
Ser cauteloso também pode ser uma virtude.
Ah, sei, uma virtude dos fracos. E por acaso eu disse que era forte?
Amanhã ou até hoje mesmo pode ser igual o dia de ontem, monótono e duvidoso.
Sem ou com calor. Vívido ou sem cor. Mil e uma possibilidades.
Eu só quero aprender a ser feliz.